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quinta-feira, 4 de março de 2010

Zé Criolo Branco...


Sou Conhecedô das mata

Sou Conhecedô das terra

Sou Vivedô de embrenha

Rhum, sou fio de Mãe d'água

Sou criadô das mata

Sou feitô das manhã

Casa Criolo tem não,

A casa de Zé Criolo é na terra.

É no barro moiado

Zé CRIOLO tem não famía.

Tem não Fio.

Zé Criolo só tem mãe.

Zé Criolo Fuma

Zé Criolo Reza.

Zé Criolo vive na mata;

para fugir dus bixos da cidade.

Fugiu Criolo nos bambuzá da vida

Defender fio verde

Defender cobra de Vidro.

Fugiu Criolo pruns canto solitário.

Eu apio do jegue manso

Eu fugo dos Homis das máquina veloz

Eu sigo no caminho de terra tombada

o fazendeiro qué tirá Zé Criolo da mãe de zé

Mas zé qué não sai da casa de mãe verde.

Zé ta com medo

mãe de zé tá indo embora

homis da cidade vem com lança grande

e derruba fíos de mãe.

irmãos verde e fios verde morre.

os Homis tão fazendo baruio demais.

Os Homis da cidade tão chegando e zé ta fugindo

Cobra de vidro tá machucada

Cobra de vidro tá indo embora.

Zé ouve que mãe tá braba com fios que bandonou ela.

Que irmã foresta tá chorando

Homis achou o Zé;

Rhum, sunsê num sabe, mas Zé conheci.

Zé é bixo de mato, Bixo Criado.

Bixo nutrido de farpos de carvaio.

Zé comi bagaçu

Zé comi bixo

Zé come vida

porque vida come Zé

E Zé é vigiado pela Bola Prateada nas noites frias e moiadas.

Zé qué canta prus Homis canção de mãe

Zé apresenta pra voces doce e formosa canção

Canto noite toda pá espantá os bixos do cão

Canto noite toda pá espantá bixos do chão

Canto dia todo pá aliviá o sól do lombo de Zé.

Zé ouvi batuque de Terrero de Pai Galo

O Galo canta e Zé corre

Zé num pega presente de Pai GALO.

Zé num bébe água de garrafa.

Zé qué num ve fios de mãe na boca de Homi de Cidade

Homi de Cidade vem pá matá

Homi da Cidade vai pagá

Homi da Cidade Vai Morrê

Homi da Cidade Tem Que matá Irmão Verde

Homi da Cidade vai morrê pela mão da Foresta

Mãe não vai mais chorá pá tirá sede de homi

Mãe não vai mais segurá os bixos no bolso

Mãe vai pega fogo

Mãe vai matá Homi

Mãe vai pega Devastadô.

Mãe tá braba, foresta tá chorosa

Irmã Verde Tá cum medo

E sunsê sai correndo.

Marca pele Branca com ranhado de Onça cum fome

Carne de animal homi num come mais.

Carne de fio de Foresta come mais não.

Homi vai ficá orfão de mãe verde

Homi vai ficá PÁ Sum Paulo.

Homi tem mais não banheira de Areia pá se amostrá.

Homi tem mais vida não.

Homi tem mais vida não.

Homi vai pagá com vida o desprezo da mãe Foresta.

Homi vai! Mas Criolo Fica.




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