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sábado, 8 de maio de 2010

Fera Mansa, bicho do Cão !


Deito na areia,

Rolo no chão, brinco com bola de pêlo.

Faço Miau! Sou preguiçoso e interesseiro.

Faço jogo duro, não dou mole, minha fúria? - De lobisomem.

Não entrego o jogo, faça de tudo para que saiba meu nome.

Deito na areia

Rolo no chão, brinco com bola de pêlo.

Sou manso, sou um cara com seu jeito.

Há, canto ópera, jazz, sou difícil, não abro mão, o que é meu, há, éh meu!

Há, canto ópera, jazz, sou difícil, naõ abro mão, o que é meu, há, éh meu!

Sou homem que dança na água pra limpar os pés de barro.

Subo no telhado, sou leve como um gato.

Faço jogo duro, naõ dou mole, minha fúria? - De lobisomem.

Deito na areia.

Rolo no chão.

Me chamam de caipira, há, deles eu tenho dó !

Me chamam de safado, ainda mais sinto um tiquim só de desprezo.

Me chamam de capiria, há deles eu tenho Dó!

Se eu tenho medo? Só de gente viva!

Alma penada, sai fora malandro! Isso ai num me pega não!

Canto moda de viola porque sou do sertão da cidade.

Canto moda de viola porque sertão tá com sede.

Sou garoto de 20 anos, sou jovem, sou ligeiro e sou demente.

Não sei contá até 10, mas enganá Eu, só malandro de BECO ESCURO.

Rodo feito peão, não acho o botão que desliga isso tudo.

Rodo feito peão, naõ acho o botão que desliga isso tudo.

Se pisa no meu rabo, há, ascendo feito lampeão, boto fogo, queimo a brasa, mas do meu canto saio não.

Se eu vim para cá, para perder tempo não é.

Se fosse, seria mais fácil, mas eu sei que não é.

Sou dengoso feito pássaro, sou bravo feito mula.

Sou de dia sou de noite, sou de burro sou de égua.

Sou filho, sou pai, sou irmão sou caçador, sou gato sou leão, sou carro sou bicicleta, sou poeta sou ator, sou cantor sou contador, de história de madrugada.

Bicho bão é bicho preso, feito rato perto do queijo.

Sou filho, sou pai, sou irmão sou caçador, sou gato sou leão, sou carro sou bicicleta, sou poeta sou ator, sou cantor e contador, sou bicho manso, sou bicho brabo, sou bicho de duas pernas, sou bicho cabra macho.

De homem não corro. Voô alto feito gaivota, pra chega no topo do morro.

Rolo na areia, deito no chão. Pego minha viola, perco noites e mais noites, para cantar uma canção.

Canção que nem se tem melodia, se tem letra, se tem arranjo tem cantor e viola, só não tem a moça que quando choro me consola.

Faço que faço, sou que sou, vou atrás até o fim, só pra ver seu sorriso de volta!



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