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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Aquele Giz


É como se meu dia tivesse parado por um segundo, o tempo necessário de meus olhos fixarem em você,

É como se meu mundo perdesse todo o significado, e eu não tivesse mais nada, mais nenhum sentimento, só haveria você dentro do meu corpo.

É como se tudo fosse assim, fácil de ser compreendido e vivido, era como se não houvesse perigo algum, que o único risco, era não ser amado.

Foi tudo realmente tão Ideal.

Era como se eu ouvisse algo sussurando ao meu ouvido, e que meu corpo não obedecia, apenas olhava.

Foi quando eu ouvi, pela primeira vez, você dizer "Oi!".

Meu coração de menino, acelerou, não conseguia respirar, era inútil, tudo que eu pensava já não fazia mais parte de mim, era só aquela silhueta perfeitamente desenhada.

Foi como se tudo tivesse tido uma explicação exata.

Eram aqueles fios dourados de cabelo, eram aqueles olhos cor-de-mel, era seu rosto, seus traços, era sua boca, era você.

E quando tudo parecia perfeito, ficou ainda melhor, você disse que seria nossa professora daquele ano letivo.

Rá! Foi ainda mais sensacional. Os meninos da sala, todos, sem excessão, só do Jack que era gay, admirava aquela mulher. Claro, para mim foi tudo muito mais intenso, foi tudo muito mais mágico.

Me lembro até hoje, quando você, pegou aquele giz branco, novinho, e escreveu na lousa: " O amor, é algo sem explicação, muitas vezes sem nexo algum, amar é mais, amar é viver!", de um autor desconhecido. Era desse jeito, perfeitamente isso, aquela letra linda, de mulher decidida, porém, de menina crescida, era a professora, mas também, era apenas uma jovem moça estudada.

As aulas ficaram cada vez melhores, a cada história contada sobre alguns Colombos ou Alvares, tudo ficava poético. A guerra fria tornou-se apenas um tumulto, perto do estrago que aquela mulher causou no meu coração. Foi fatal, foi assim, como se marcasse gado, bem quente, de ferro em brasa.

Era meu último ano de Escola, e eu não me conformava com aquilo, era apenas os 12 meses ou 4 Trimestres mais rápidos que eu haveria de passar.

Me lembro até hoje, suas aulas às Quartas e Quintas Feiras, todas após o recreio.

Era uma história a ser contada. Era algo a ser feito.

Eu com meus 16 anos, não saberia o que fazer para mensionar em chegar para aquela mulher feita e dizer que simplesmente eu a amo.

Foi então, que fiz da forma mais ingênua, porém, da maneira mais verdadeira, tornei-me, um adimirador oculto daquela mulher, descobri onde morava, com quem, e se era casada ou solteira, tudo perfeito. Tudo do jeitinho que era para ser.

Foram meses, e mais meses até marcar o encontro, que eu , iria me declarar para ela.

Marcamos, enfim, em um restaurante perto da casa dela. o nome, não me recordo mais.

Eu todo inseguro, me vesti como um homem. Ela exatamente como uma Deusa. Foi quando eu sentei a mesa esperando ela chegar. Claro, eu me embebedando de suco de laranja.

Até que eu senti aquele perfume de longe chegar, era um perfume caro, o cheiro era Encantador. Olhei, e vi-la se aproximando, procurando aquele homem que tanto lhe declarava amores.

Ao procurar por todo o restaurante, ela se desapontou, seus lábios entristeceram, pois, não havia nenhum homem naquele lugar. Apenas eu , o que tanto a amava.

Foi então, que num lápiso de loucura, enfim, chamei-a para a mesa na qual estava sentado.

Ela sem entender muito, questionou-me, o porque estava alí, sozinho, aquele horário da noite.

Foi então , que enfim, recitei a ela aquele primeiro verso que estava escrito na lousa, o primeiro dia que a vi.

Então, surpesa me perguntou, se eu era o tal homem que lhe escrevia. Eu respondi apenas com um sorriso tímido e um gesto positivo com a cabeça.

Ela se levantou, e saiu, sem dizer qualquer palavra. Eu só pude ver o balançar de seu vestido saindo em meio aquela porta de vidro, e com o pisar firme de seus sapatos o meu amor esvaiu-se.

No outro dia, na escola, era como se eu não estivesse em sala, meu nome foi citado apenas uma vez, na qual fez a chamada diária.

Eu sem jeito, fiz meu último bilhete que dizia: " Se amar é magoar, então, morrer é perdoar-se. "

dobrei-o, esperei todo sairem e o coloquei dentro de suas coisas.

Depois da aula, alucinado, resolvi, que sem ela, minha vida não teria nenhum sentido. Que sem ela, doeria demais, e com ela, seria impossível. Foi então, que enfim, hoje, faço parte apenas , de uma história na vida dela.

Amei, me declarei e morri, fui sem querer, ou vim porque quis, não importa, mas sim, eu amei intensamente.

"Atitudes, requerem mais do que ações físicas "


3 comentários:

  1. Meu amor, q texto divino! Fiquei curiosa: ficção ou verdade? haushaushua
    adoro vc!
    beijos!

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  2. hummm..tadinho dele morreuuuu ou melhor se matou.Ai eu me pergunto:sera q existe amor tão grande assim ou sera q é loucura e obsessão.

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